
Foto: Brenda Quevedo
Por alguns segundos, experimente fechar os olhos e se imagine em uma embarcação pequena, cercada pelo vasto oceano e uma paisagem gélida, com a companhia e o barulho, apenas, das aves que sobrevoam o lugar. As emoções e sensações de estar só consigo mesmo, o aprendizado de se autocuidar, a coragem e a autoconfiança resgatadas nessa conexão, são suposições sobre o que pode surgir em um cenário como esse, após o medo. E, convenhamos, não é necessário viver tal simulação para saber o que se sente quando a solidão e a vulnerabilidade batem à porta, em meio ao alto-mar de emoções.
Inspirados por essa viagem interna de solitude e pela experiência real, realizada pela velejadora Tamara Klink, os cantores e compositores Fer Loki e Thais Kiwi apresentam o single “Nômade Flutuante”, nesta quinta-feira (24).
Tudo começou em um bate-papo despretensioso entre amigos, regado a vinho e reflexões sobre suas experiências relacionais. “Imagina como é estar no meio do nada só com você?”, questionaram lembrando da expedição de Tamara, que navegou sozinha pelo Mar do Norte, pelo Atlântico e pela Groenlândia. A canção responde à pergunta com a ideia de que “quando chegar no meio do vazio, permaneça e confie que o tempo dirá a hora de voltar”.
Com produção de Eduardo Manso, do Estúdio Primatas, a canção une as essências e personalidades musicais dos artistas em uma sonoridade leve de nova mpb, com uma pegada psicodélica e batida marcante. “Nosso encontro surge a partir do desejo de evoluir a nossa amizade para a esfera musical. A partir de uma admiração mutua, a gente se reúne para esse primeiro encontro”, celebra Thais Kiwi. “Mesclamos movimento, doçura, melancolia e reflexão sobre a solitude. A sonoridade traz uma batida percussiva carregada de movimento, que nos leva ao movimento das águas, marcada por guitarra e violões que remetem à psicodelia dos céus misteriosos da aurora boreal e das constelações”, destaca Fer Loki.
Como mensagem principal, “Nômade Flutuante” convida a se entregar ao desconhecido por meio de seus acordes e da suavidade das vozes da dupla. “Deixamos a reflexão sobre esse ‘desejo de me encontrar e me perder’, o impulso de partir, a melancolia da ausência e o romantismo da espera por alguém que talvez nem exista ainda”, finaliza Thais Kiwi.