lo-fi jazz

O calendário de shows de São Paulo acaba de ganhar um novo festival. Marcado para os dias 10 e 11 de outubro, o Lo-Fi Jazz Festival propõe o diálogo entre a música instrumental e o soul, funk, hip, hop, nu jazz, música eletrônica, jazz latino, ethio jazz, afrobeat, entre outros estilos.

A ideia do evento é abordar não só a vertente tradicional do jazz, mas também ser palco de experimentação para os artistas participantes. Dois locais abrigam os shows. No sábado (10 de outubro),  o festival ocorre no Estúdio. Um dos destaques do primeiro dia é a apresentação conjunta e especial da banda Azymuth (que comemora seus 40 anos) com o DJ  Nuts. O grupo Nomade Orquestra,  o coletivo Superjazz – que se apresenta com Bocato e convidados – e a banda Mental Abstrato também estão na programação. Esta última, inclusive, celebra os seus dez anos de carreira e lança um vinil na ocasião.

No domingo (11 de outubro), é a vez do MIS (Museu da Imagem e do Som) receber o Lo-Fi Jazz Festival com o Otis Trio, o baterista Guilherme Kastrup, DJ Dubstrong e DJ Tahira, que apresenta o projeto Jazz ao Pôr-do-sol.

O idealizador do projeto, produtor de eventos e pesquisador musical Fabio Pie (3,14 Produções) buscou parcerias importantes para enriquecer este cenário. O site Só Pedrada Musical e o Coletivo Superjazz,  que se dedicam à pesquisa musical, entram com a missão de mostrar a diversidade do circuito alternativo de São Paulo.

Em breve, mais atrações serão anunciadas. Aguarde!

Sobre os artistas:

Azymuth

Ivan Conti Mamão (bateria), Alex Malheiros (baixo) e José Roberto Bertrami (teclados) se conheceram no início dos anos 70. Os músicos inauguraram o Canecão tocando em grupos diferentes e formaram uma banda chamada Grupo Seleção, que tocava uma mistura de jazz , samba, funk e rock. Não satisfeitos em fazer projetos paralelos, os músicos decidiram oficializar o grupo como Azymuth. O álbum próprio veio em 1975, com o primeiro sucesso da carreira: “Linha do Horizonte”. Participaram dos  principais festivais ao redor do mundo. O hit “Jazz Carnival”, marco da world fusion, manteve o disco Ligh as Father na parada inglesa durante um ano, conquistando também os ingleses. Citado no Guiness Book of Records por permanecer da parada de sucessos inglesa por um ano, o Azymuth foi o primeiro grupo brasileiro a estar na lista – e também a se apresentar no Festival de Jazz de Montreaux. Hoje, a banda se apresenta em nova formação, com Kiko Continentino nos teclados.

Mental Abstrato

A pura essência do clássico e contemporâneo jazz, assim como as raridades da música brasileira vem à tona, na musicalidade deste projeto. Criado em 2005, o Trio de produtores (Omig One, Calmão Tranquis e Guimas Bass) em perfeita harmonia, une performances de músicos convidados e samplers, com batidas que envolvem e proporcionam definitivamente uma viagem sonora bem aconchegante. Carregam na bagagem para cada expedição, a forte essência do fino Hip Hop Jazz que vai flutuando sutilmente pelo Soul, Groove, Lounge e até mesmo pelo Afro Beat, ficando bem claro as influências que cada integrante agrega ao projeto.

Nomade Orquestra

Formada no ABC paulista, em Outubro de 2012, pode-se dizer que a Nomade Orquestra é um ponto de encontro onde diferentes vertentes e expressões musicais interagem de forma única. O grupo desenvolve um trabalho autoral instrumental vivaz e transita com destreza entre os universos do funk, jazz, dub, rock, afro beat, hip-hop, ethiogrooves, entre outros. Além disso, incorpora elementos da música eletrônica, quebrando as barreiras entre música tradicional e música contemporânea.

Otis Trio

Criado no início de 2007, no ABC Paulista, o Otis Trio lembra o frescor do jazz europeu com sua mistura de be-bop, free jazz e música contemporânea. Eles incluem ao trabalho pitadas de rock e hip hop. Formado por Flávio Lazzarin (bateria), João Ciriaco (contrabaixo) e Luiz Galvão (guitarra), o trio lançarou o primeiro disco da carreira, 74 Club, em 2014. Desde então, o grupo tem se apresentando em importantes casas e festivais, como Music Wave Week, Festival de Inverno de Paranapiacaba, SESCs, Festival Expresso Jazz SP, Festival Jazz na Fábrica, Centro Cultural São Paulo, Jazz nos Fundos, Riviera, Studio SP, entre outros.

Guilherme Kastrup

Nascido no Rio de Janeiro, o baterista, percussionista e produtor musical Guilherme Kastrup começou a se interessar por música ainda na adolescência. Ao se mudar para São Paulo, em 1993, passou a se dedicar ao estudo de percussão popular com ênfase em músicas tradicionais, como jongos, congados, moçambiques, entre outras. Kastrup montou, no ano de 2000, seu próprio estúdio para atuar como produtor em trabalhos muito bem recebidos pela crítica e pelo público. Como instrumentista, Kastrup participou de gravações de discos e turnês nacionais e internacionais de nomes como Chico César, Arnaldo Antunes, Gal Costa, Tom Zé, Zizi Possi, Adriana Calcanhotto, Jorge Drexler (Uruguai), Roberto Fonseca (Cuba), Tokiko Kato (Japão) e Krishna Das (EUA). Em 2013,  ele lançou o seu primeiro disco autoral Kastrupismo e, em 2014, o álbum Sons de Sobrevivência, com Simone Sou e Benjamim Taubkin.

Serviço

Lo-Fi Jazz Festival no Estúdio

Data: 10 de outubro (sábado)
Local: Estúdio (Av. Pedroso de Morais, 1036 – Pinheiros)
Horário: A    partir das 20h
Ingressos: 1º lote: R$40 (meia-entrada: R$20) / 2º lote: 60 (meia-entrada: R$30)

Lo-Fi Jazz Festival no MIS
Data: 11 de outubro (domingo)
Local: Museu da Imagem e     do Som – MIS (Av. Europa, 158    – Jd. Europa)
Horário: A partir das 15h
Ingressos: R$40 (meia-entrada: R$20)