Hoje na hora do almoço, a produtora Mercury Concerts anunciou o line-up da sexta edição do Monsters of Rock que acontecerá na Arena Anhembi em São Paulo no mês de abril. Você pode conferir mais informações nesse post.
Obviamente após o anúncio, os comentários do post assim como outras redes sociais como o Twitter estavam repletos de aprovações e supreendentemente desaprovações ao casting do evento. Boa parte dessas reclamações veio de um público jovem que contestava o fato do destaque aos grandes nomes antigos do rock quando atualmente há muitas bandas que acompanham e que poderiam estar no festival.
Não se pode negar a influência e importância de bandas como o Kiss, o já citado Judas Priest, Ozzy Osbourne, Accept e Manowar mas até quando os festivais brasileiros irão contar com esses grupos para montar um line-up? São monstros do rock sim, mas monstros mortais que serão derrubados pela idade em algum momento. E quando isso acontecer, só então é que será dado o destaque a bandas que estão em um excelente momento como o Volbeat, Trivium, Machine Head, Lamb of God, Mastodon, Avenged Sevenfold, entre outras? Nessa hora talvez elas não estejam mais em atividade, em um bom momento ou até haverão novos grupos surgindo.
Argumentar que o Monsters of Rock tem esse nome porque ele tem como foco trazer os medalhões do rock é então decretar o futuro fim do festival. Ou o público brasileiro (que adora idolatrar o passado e renegar o presente e as novidades) irá, dentro de 10 anos reconhecer um Slipknot ou Avenged Sevenfold como “monstros” do rock. Curioso é que essas bandas já contam com pelo menos 20 e 15 anos de estrada respectivamente, um tempo respeitável.
Talvez seja o momento dos produtores começarem a equilibrar melhor os line-ups olhando mais para o presente, sem esquecer vez ou outra daqueles que foram importantes um dia e do público também parar de idolatrar tanto o passado pois ele não irá durar para sempre.